7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Não teve outra: Câmara de Maceió aprova reajuste de apenas 3% no salários dos servidores

Vereadores haviam prometido conciliar na justiça, no final do mês, este reajuste; Categoria, em greve desde o dia 17 de julho, exige mais de 15%

Foi aprova pela Câmara de Vereadores de Maceió o Projeto de Lei da Prefeitura que definiu o reajuste dos salários dos servidores municipais em 3%, sendo 2% implantado em agosto e 1% a ser em outubro. A categoria está em greve desde o dia 17 de julho.

Em nota, o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref) informou que na última reunião entre vereadores e servidores, no último dia 14, os vereadores se comprometeram a não colocar em votação o projeto até que ocorresse uma reunião de conciliação entre a categoria e a Prefeitura, mediada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

“A reunião de conciliação está marcada para a quinta-feira (30) e mesmo assim os vereadores votaram a Mensagem. Além do mais, o relator especial vereador José Márcio Filho (PSDB), cometeu a calunia de informar no relatório que os líderes dos movimentos sindicais, concordaram por unanimidade com o projeto apresentado pelo Poder Executivo”, informou o sindicato.

A Câmara Municipal de Maceió havia comprometido em não colocar em votação a Mensagem do Prefeito Rui Palmeira até o resultado de uma reunião de conciliação entre a categoria e a prefeitura, no Tribunal de Justiça do Estado. A Justiça já decretou a legalidade da paralisação.

A primeira reunião aconteceu no mesmo dia em que o judiciário brasileiro aprovou, pra si mesmo, reajuste de 16% no próprio salário. E em Maceió, os servidores não conseguem mais de 3%.

“O prefeito Rui Palmeira alega que está acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas nós sabemos que Maceió ainda está bem abaixo, o que permitiria o reajuste que reivindicamos. Afinal, estamos com os salários defasados desde 2015”, argumentou o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, lembrando que mensalmente gasta-se mais de oito milhões de reais com terceirizados.