Aliado de primeira hora do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, desiste de formar governo e pode deixar posto após 10 anos. Netanyahu, que havia exercido a função inicialmente de junho de 1996 a julho de 1999, vem se mantendo no posto desde março de 2009.
Após falhar na tentativa de garantir uma coalizão em Israel, o anúncio de Binyamin Netanyahu abriu caminho para que o centrista Benny Gantz substitua o premiê há mais tempo no cargo na história do país.
Netanyahu, que lidera o partido de direita Likud, comunicou a decisão ao presidente de Israel, Reuven Rivlin, que agora pretende atribuir a Gantz a tarefa de montar um governo.
Denúncias
O premiê viu sua força política diminuir ao enfrentar uma série de acusações de corrupção, o que ele nega. As três investigações criminais das quais Netanyahu é suspeito foram chamadas de casos 1.000, 2.000 e 4.000.
O primeiro envolve acusações de que o premiê recebeu US$ 132 mil (R$ 545 mil) em presentes de amigos empresários, incluindo charutos e bebidas alcoólicas, em troca de benefícios. O caso 2.000 diz respeito à troca favores com o dono do jornal Yedioth Aharonoth para receber cobertura jornalística mais amena.
No caso 4.000, ele é acusado de patrocinar legislação beneficiando a empresa de telecomunicações Bezeq em troca de cobertura positiva no site de notícias do dono da empresa, o Walla News.