Os senadores mandaram o primeiro recado ao governo Bolsonaro que queria acabar com o abono salarial para quem recebe até R$ 2 mil. A proposta estava no texto base da reforma da previdência, mas o Senado derrubou iniciativa do governo.
O governo não conseguiu os 49 votos necessários para barrar uma emenda que revertia a mudança do corte do abono. Teve apenas 45. A oposição comemorou a vitória.
Os cálculos do próprio governo dizem que a mudança imposta pelo senadores tira R$ 76,4 bilhões da economia prevista com a reforma em 10 anos. Houve várias tentativas de mudar esse ponto, na Câmara e no Senado. Com a derrota, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), encerrou a sessão e manteve os outros destaques que serão votados nesta quarta-feira, 2.
Na Comissão e Constituição e Justiça (CCJ), senadores tentaram fazer a mesma mudança, mas ela foi rejeitada por 15 votos a 10. O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), admitiu que o resultado no plenário foi fruto de uma falha de estratégia governista.