Uma revelação da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura de Maceió mostra que 50% da população do município não paga IPTU. Pelo contrário, dá calote mesmo.
O que não se revelou exatamente é que a maioria dos “contribuintes” que não paga é gente de maior poder aquisitivo, moradores das áreas nobres da capital e de condomínios fechados.
Justamente, o povo que se diz mais “honesto” que todos os demais.
Isso, na verdade é histórico. A cidade sempre conviveu com esse perfil de gente endinheirada, mas caloteira.
Gente que tomou vultosos empréstimos no Produban e não pagou. Daí, o banco quebrou. Gente que construiu prédios com o dinheiro da saudosa Apeal – a Caderneta de Poupança dos Alagoanos – e esqueceu de pagar os empréstimos tomados. Resultado: a Apeal também acabou. E ainda há gente cujas empresas consumiu, anos a fio, energia elétrica da Ceal sem pagar um tostão, graças ao apoio de autoridades do Poder Judiciário que sentaram confortavelmente sobre os processos.
E vai por aí: Gente que grila terra, que força o trabalhador ao trabalho escravo, enfim, essa qualidade de gente que se diz de bem, suga tudo do poder público e depois grita a plenos pulmões que ladrões são sempre os outros.
Enquanto isso, seu José e dona Maria, moradores da periferia, fazem das tripas coração, mas não deixam de pagar o imposto. Coitados, têm medo que lhe tomem a casinha.
E pode acontecer com eles. Já os grandes têm sempre alguém na estrutura de poder para lhes proteger.
Ou não é assim autoridades?