27 de junho de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

PSOL vai ao STF contra as escolas cívico militares do governo de São Paulo

Partido acusa inconstitucionalidade da lei que criou as escolas

As escolas cívico militares do Estado de São Paulo passaram a ser questionadas no Supremo Tribunal Federal em uma ação movida pelo Psol.

Ao mover a ação direta de inconstitucionalidade, o partido pede a suspensão e, posteriormente, a invalidação da lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para instituir as escolas cívico militares.

O programa prevê a contratação e a remuneração de policiais militares e agentes do Corpo de Bombeiros, aposentados, para funções administrativas e de vigilância no pátio escolar.

Além disso, eles também cuidarão do desenvolvimento de “atividades extracurriculares de natureza cívico militar.

O partido entende, no entanto, que há cinco pontos em que a iniciativa do governo estadual é inconstitucional.

O argumento é de que a lei cria um novo modelo educacional, com orientação pedagógica cívico militar, ao encarregar policiais da reserva da elaboração dessas atividades extracurriculares. Ao fazê-lo, estaria infringindo a Constituição, que estabelece que compete à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional.

O partido também afirma que atribuir aos policiais as funções de vigilância e de elaboração de atividades em escolas afronta a Constituição, que determina que as polícias militares devem se ocupar exclusivamente da “preservação da ordem pública”.

O Psol também diz que a lei afronta os princípios constitucionais da valorização dos profissionais da educação escolar (os policiais receberão mais que o piso dos professores), da gestão democrática e do planejamento escolar, além de impor militarização precoce aos jovens.