18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Regina Duarte é oficialmente exonerada da secretaria de Cultura e segue sem o cargo prometido

Vaguinha prometida para ex-global continuar assalariada ainda precisa ser encontrada. Ou criada

Regina Duarte foi finalmente exonerada do cargo do cargo de secretária especial de Cultura do Ministério do Turismo, após publicação da demissão no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, nesta quarta (10).

Ainda não foi oficializado o nome de um substituto para a atriz. O nome mais cotado para o cargo é o do ator Mário Frias, ex-Malhação.

A anúncio da saída de Duarte foi há cerca de 20 dias, em 20 de maio. Em vídeo gravado pela deputada Carla Zambelli, Bolsonaro disse que Regina estava com saudade da família e que assumiria um cargo na Cinemateca.

Segundo Zambelli, o cargo seria por pena, afinal, a atriz encerrou um contrato de mais de 50 anos com a TV Globo para virar secretária no governo Bolsonaro. Mas a vaga para Regina continuar assalariada ainda precisa ser encontrada. Ou criada.

Cinemateca

Governo e entidade precisariam renovar o contrato com a Fundação Roquette Pinto ou uma outra entidade, no mínimo, para a manutenção da Cinemateca, que tem cerca de 150 funcionários especializados, mas eles estão sem receber desde abril.

Em seu acervo, há desde filmes originais do desbravamento da Amazônia pelo Marechal Rondon, no início do século 20, até rolos de filmes da campanha Expedicionária do Brasil na 2º Guerra. Além de inúmeros filmes e documentários que contam a história não só do cinema brasileiro, mas da história do país.

Regina mesmo, tem zero experiência no assunto cuidados e restauração de filmes. Seria apenas um nome de luxo.

Alternativas?

Tudo indica que a vaga na Cinemateca não deve acontecer. E já há uma opção em estudo para a atriz: nomeá-la para algum cargo federal nível DAS (Direção e Assessoramento Superior) em São Paulo, no montante de também cerca de R$ 15 mil mensais.

Isso porque o governo federal ainda deve cerca de R$ 11 milhões em valores atualizados à Roquette Pinto, que também cuidava da TV Escola e a TV Ines (voltada para o público surdo).

De qualquer forma, Regina precisa de uma ajudinha para se manter em um cargo. Qualquer cargo. Ainda mais depois de ter ajudado a destruir qualquer tipo de reputação que tinha.