O senador Renan Calheiros (MDB/AL) elogiou o ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação no STF que decidiu liberar o compartilhamento da íntegra das mensagens vazadas da Operação Lava Jato com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Abertamente crítico do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato, o alagoano chegou a comparar o ministro Lewandovski ao seu homônimo polonês Robert Lewandowski , artilheiro do Bayern de Munique e eleito o melhor jogador do mundo no ano passado.
Dois Lewandowskis brilham pelo mundo. O camisa 9 do Bayern marcou 2 gols e levou o time à final do mundial. Por aqui, o ministro Lewandowski do STF e a 2ª turma dão de goleada na defesa da ordem jurídica e do estado democrático de direito ao iluminar as catacumbas da #LavaJato.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) February 9, 2021
Na semana passada, também em suas redes sociais, Renan Calheiros já havia afirmdo que Sergio Moro e Deltan Dallagnol tem como destino “a cadeia”.
Sérgio Moro se agarra a única bóia: negar obsessivamente o que agora está provado pelo STF. Quer se fazer de doido. Alucinações e delírios são sintomas de psicoses. Só que ele e Deltan Dallagnol estavam bem lúcidos quando cometeram seus crimes. O destino de ambos é a cadeia.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) February 3, 2021
Vaza Jato
O procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz, e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro, foram flagrados em trocas de mensagens conspirando contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o julgamento do ex-presidente na Lava Jato.
Em 2019, um grupo de criminosos cibernéticos hackeou o celular pessoal de Moro, levando à divulgação de conversas com o procurador Deltan Dallagnol em que tratavam de detalhes e andamentos da operação Lava Jato.
Os crimes chegaram à Polícia Federal (PF) e resultaram na Operação Spoofing, que autentificou a veracidade das mensagens. Além de Moro e Dallagnol, outros integrantes da força-tarefa, membros do Executivo e parlamentares do Congresso também tiveram contas invadidas pelos criminosos.
Segundo a legislação brasileira, a Justiça não pode usar provas obtidas de forma ilegal. Porém, há brechas para casos em que o material possa ser utilizado quando benéfico ao acusado.