Profissionais da enfermagem das redes privada e filantrópica promoveram, nesta quarta-feira (7), um ato na Praça Centenário, para denunciar a imposição da implantação da jornada 12x36h sem a folga semanal.
Os manifestantes usaram faixas e distribuíram panfletos denunciando a situação a cada parada dos semáforos situados no entorno da praça.
Com a implantação da jornada, auxiliares, técnicos e enfermeiros passariam a trabalhar 36 horas semanais, elevando a carga horária 144 para 180 horas mensais, sem direito a folgas semanais ou feriados.
O Ministério Público do Trabalho já notificou as empresas e tentar mediar um acordo com os trabalhadores. Na denúncia enviada a Procuradoria, o Sateal apurou que outros hospitais, como o Hospital do Coração, vinham tentando coagir os profissionais a assinar individualmente à adesão a jornada, prática considerada irregular pelas Leis Trabalhistas em vigência no país.
Os profissionais de enfermagem (Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares em Enfermagem) se consideram vítimas da própria condição, atuando sobrecarregados com jornadas extenuantes, doentes pelo excesso de trabalho e deprimidos pelo tratamento dado pelos empregadores.
“Os patrões, as empresas de saúde que atendem as pessoas que moram em Alagoas não demonstram qualquer preocupação com as vidas da enfermagem e com a qualidade da assistência prestada, visam somente o lucro”. Nota do Sateal (Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas)