25 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Sikêra Jr. perde processo e é condenado a pagar R$ 300 mil para Xuxa

Apresentador que simulou ao vivo no programa o estupro de um cavalo, disse que ela era pedófila e a acusou de fazer apologia às drogas

Sikêra Jr, apresentador do Alerta Nacional e a RedeTV!, canal onde o programa é exibido, foram condenados pela Justiça a indenizar a apresentadora Xuxa Meneghel em R$ 300 mil por danos morais.

A juíza Ana Cristina Ribeiro Bonchristiano, da 3º Vara Cível de Osasco (SP), julgou procedente o pedido de Xuxa. A decisão, dada em primeira instância, cabe recurso.

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Chamada de pedófila e acusada de fazer apologia às drogas, Xuxa havia pedido na Justiça a cassação do título de jornalista do apresentador, sua demissão da emissora e uma indenização de R$ 500 mil.

“Quer tomar o meu emprego? Quer que a RedeTV! me demita por causa da senhora? Porque a senhora fez um livro LGBT para criança e bato nisso aqui todo dia. Quer me calar? É isso a sua ideia? Não vai não! As redes sociais já provaram, só quem está indo na sua onda é lacrador, são os únicos que gostam da safadeza e querem pegar crianças para tara. Só tarado em criança é quem te segue, olha direitinho. Só tarado em criança, pedófilos. Quer R$ 500 mil meus, do meu sagrado dinheiro. Não ganhei com o corpo, ganhei com trabalho”. Disse Sikera Jr., como resposta no ar.

No entanto, a juíza determinou que Sikêra e a RedeTV! paguem R$ 300 mil para a apresentadora. O valor deverá ser corrigido monetariamente.

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Além disso, o apresentador e a emissora terão que arcar com os custos do processo, avaliado em 20% do valor da condenação –ou seja, mais R$ 60 mil.

Zoofilia

Os ataques de Sikêra a Xuxa Meneghel começaram em 2020, depois que a apresentadora compartilhou um vídeo que o jornalista exibiu no Alerta Nacional, no qual aparecia um homem estuprando uma égua. Sikêra depois convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo.

Xuxa se manifestou nas redes sociais, e Sikêra iniciou os ataques. Ele a chamou de pedófila, usando como argumento o fato de a loira ter atuado no filme Amor Estranho Amor (1982).

Também a acusou de fazer apologia às drogas, por uma vez ela ter dito em entrevista que sua mãe, dona Alda Meneghel (1937-2018), usava maconha medicinal para amenizar sintomas de sua doença degenerativa.