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O Papa Francisco deverá autorizar a inserção de padres casados na Igreja Católica Apostólica Romana por decisão do Sínodo da Amazônia, que reuniu os bispos brasileiros para a discussão sobre os povos e o meio ambiente da floresta amazônica.
Considerado um dos temas mais polêmicos do sínodo, a questão dos padres casados recebeu pleno destaque. No artigo 111 da decisão do evento, os bispos fazem uma solicitação formal a Francisco para que “homens idôneos e reconhecidos pela comunidade se ordenem sacerdotes, podendo ter uma família legitimamente estável e constituída”. No texto, os membros do sínodo excluíram o termo técnico viri probati, utilizado pelo Instrumentum laboris e citado em várias discussões do sínodo.
Eles acrescentam que a função dos padres casados seria a de “pregar a palavra de Deus e celebrar os sacramentos nas zonas mais remotas da região amazônica” como qualquer outro padre sacerdote celibatário. A ideia é aplicar a nova modalidade somente no território amazônico, porém admite-se que alguns participantes do sínodo pediram “que fosse feita uma abordagem universal do tema”.
Reforçando a importância do celibato para a história da Igreja Ocidental, os participantes disseram que “muitas comunidades eclesiais do território amazônico têm enormes dificuldades de acesso à Eucaristia”, situação que, na visão deles, justifica o pedido.
Preocupação – O sínodo também recomendou aos bispos e padres uma preocupação diferenciada com a justiça social, o meio ambiente e os povos indígenas do Brasil. O papa pediu inclusive aos bispos que fizessem “transbordar a amazônia”.