Estudantes e preceptores do Projeto de Atenção Integração a Saúde Prisional e Internação Socioeducativa (Paispis/ Uncisal) marcaram presença no 1º Congresso Internacional de Direito Público dos Direitos Humanos e Políticas de Igualdade, propiciando aos participantes uma reflexão sobre a realidade de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, em Alagoas.
Em meio aos 420 trabalhos científicos inscritos no congresso e quase 300 selecionados, três foram apresentados por integrantes do Paispis. Além da oportunidade de levar essa temática a um fórum importante de discussão, foi um momento de divulgação das atividades desse projeto de extensão criado pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
Os trabalhos apresentados no congresso abordaram os temas “Adolescência e Ato Infracional: uma experiência extensionista calcada na perspectiva dos direitos humanos”, apresentado pelas estudantes Cláudia Juliana, e Deborah Vasconcelos, dos cursos de terapia ocupacional e fisioterapia (respectivamente), tendo como preceptor o professor Waldez Cavalcante, terapeuta ocupacional; “Juventude, Socioeducação e Atenção Integral à Saúde”, abordagem da estudante de pedagogia Rhaynah Gladys, sob a orientação do preceptor Rafel Félix, psicólogo, que apresentou ainda o trabalho “ Liberdade e Encarceramento: onde falhamos?”.
Sobre o Paispis
Tudo começou, há três anos, quando um grupo de estudantes orientados pela professora e terapeuta ocupacional Ana Raquel de Carvalho, até hoje tutora do Paispis, idealizaram um projeto de extensão que possibilitasse aos adolescentes e jovens em privação de liberdade o acesso a atividades interdisciplinares e transdisciplinares para compreensão de direitos (e deveres) envolvendo a noção de saúde integral.
Nessa perspectiva, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8069/90) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase – Lei 12.594/2012), as atividades do Paispis acontecem semanalmente, estruturadas nos eixos relacionadas aos eixos “Esporte, Cultura e Lazer”, “Educação em Saúde”, “Formação e Profissionalização” e “Família”.
“Nosso objetivo é contribuir para tornar os adolescentes e jovens protagonistas no próprio cuidado, atribuindo-lhes novos significados e vivências”, afirma a tutora Ana Raquel Carvalho, que, juntamente com preceptores de diferentes áreas do conhecimento orienta as atividades do projeto nas unidades de internação provisória masculina (em Rio Largo) e feminina (em Maceió).
Anualmente, o Paispis realiza seleção para ingresso de estudantes de graduação não só da Uncisal, mas também da Universidade Federal de Alagoas e de faculdades privadas. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas com Thayná Gonçalves, atual coordenadora acadêmica: (82)99667-4606 (Whatsapp).