20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Tribunal de Justiça julga recurso do caso Giovana Tenório

O Ministério Público pede a anulação do julgamento de Mirella Granconato, que foi inocentada de ser autora intelectual da morte de Giovana

Foto: Ascom/TJ

O recurso posto pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), que pede a anulação do julgamento de Mirella Granconato, será julgado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, nesta quarta-feira (02). Acusada de ser a mandante do assassinato da estudante universitária Giovanna Tenório, Granconato foi a julgamento em outubro de 2017 e foi condenada apenas por ter ocultado o cadáver da estudante.

Antônio Villas Boas, promotor de justiça, que representou o MP no tribunal do Júri, explicou que, apesar de não aceitar a tese da defesa, que era de negativa de autoria, o Conselho de Sentença absolveu Mirella da acusação de ser autora intelectual da morte de Giovanna. Para o promotor, o resultado foi de encontro com as provas apresentadas nos autos, “Condenaram-na apenas pelo crime de ocultação de cadáver, denotando assim uma total incoerência, um descompasso ou inconciliação entre a verdade real, decorrente das provas produzidas em Juízo, e a convicção dos jurados, que não podem julgar movidos por piedade, indulgência ou clemência absolvendo o réu, mormente quando contraria a própria tese defensiva, pois tal decisão estaria se sobrepondo ao bem maior, protegido pela garantia constitucional, que é a vida”.

O caso
A estudante Giovanna Tenório foi sequestrada, em junho de 2011, após sair de uma faculdade particular,  onde cursava fisioterapia. Seu corpo foi encontrado dias depois em um canavial na cidade de Rio Largo.

O Ministério Público sustentou a tese de que Mirella mandou matar Giovanna por ciúmes, pelo fato de a vítima possivelmente ter mantido um relacionamento com o ex-marido da acusada, Antônio de Pádua Bandeira.

O caminhoneiro Luiz Alberto da Silva foi condenado como autor material do homicídio.