19 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

YouTube anuncia novas diretrizes para eleições e removerá vídeos sobre “fraude em 2018”

Também será removido conteúdo que inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas

O YouTube anunciou hoje (22) uma atualização em sua política para combater fake news. Já de olho nas eleições de outubro deste ano. E a plataforma de vídeos já afirmou que, entre as medidas, está a remoção de conteúdos falsos sobre as eleições de 2018.

“Também será removido conteúdo que inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na última eleição presidencial e de que os votos foram adulterados”. Trecho de nota.

As diretrizes existentes vão também ser ampliadas para abranger conteúdos postados depois dos resultados oficiais das eleições presidenciais de 2018 que “promovam alegações falsas de que fraudes, erros ou problemas técnicos generalizados mudaram o resultado eleitoral”.

YouTube explicou que usuários verão um painel de informações na parte superior dos resultados da pesquisa, ou abaixo dos vídeos relacionados ao voto eletrônico, com um link para informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral.

“As eleições de 2022 no Brasil vão gerar uma busca por notícias, curiosidades e dúvidas na internet, que deverão ser explicadas e contextualizadas de acordo com os fatos e as particularidades brasileiras.”

Bolsonaro

Um dos maiores infratores destas diretrizes é o próprio presidente, Jair Bolsonaro. Que apesar de ter vencido as eleições, afirma que venceu com fraude.

Em julho do ano passado, Jair fez uma live para apresentar provas para as fraudes, mas ao vivo voltou atrás: “indícios fortíssimos ainda em fase de aprofundamento que nos levam a crer que temos que mudar esse processo eleitoral”.

“Não temos provas, vamos deixar bem claro, mas indícios”.

Por causa da desinformação, durante a transmissão, em tempo real, o TSE contestou as declarações do presidente sobre supostas fraudes eleitorais.

Em uma postagem, o tribunal afirmou que “a apuração dos resultados é feita automaticamente pela Urna Eletrônica ao encerramento da votação. Os dados criptografados são transmitidos ao TSE, que checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo público e auditável”.