Com a ausência do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, quem se movimenta de olho no futuro é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Neste momento, o objetivo dele é único. Lira quer assegurar a reeleição para o comando da casa.
Nessa busca não há, para ele, arestas, impasses ou ideologia capazes de atrapalhar seus planos.
A ofensiva do presidente da Câmara para alcançar o objetivo está acima de tudo. Há, inclusive, o sonho de unificar bolsonaristas e petistas dentro de sua proposta.
A expectativa de Lira é formar um bloco com o PT, PL, Republicanos, União Brasil e PSD. Seriam todos seus aliados na formatação de uma chapa única na disputa da mesa diretora.
Conseguindo sucesso nessa empreitada, Lira terá a plena condição de dividir os espaços estratégicos nas comissões mais importantes para o funcionamento do pleno.
Nesse contexto, a ideia dele é que PT, PL e União Brasil se revezem no comando das comissões de Constituição e Justiça e a de Orçamento.
Só que os petistas estão reticentes porque não aceitam entregar ao partido de Jair Bolsonaro (PL) o comando do Orçamento de 2024.
Enfim, Lira corre solto para atingir sua meta na esperança de ser de novo “o primeiro ministro”, como foi no governo de Bolsonaro.
Não é uma tarefa simples. Mas, como dizia seu Leó, lá em Paulo Jacinto:
-Na política só não vi ainda boi voar.