Contrariado por que empresários que financiaram atos golpistas – contra a democracia e pela intervenção militar – tiveram suas contas bloqueadas, o representante do Partido Novo, deputado Marcel Van Haten, propôs a instalação da CPI do “Abuso de Autoridade”.
Mas, muito além dele foi o Major Vitor Hugo, deputado federal do PL, que propôs projeto de lei anistiando todos os golpistas que cometeram crimes em bloqueios de estradas e financiaram antidemocráticos.
O projeto pede anistia a “manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei.”
O deputado de Goiás, também inseriu na lista de anistiados financiadores, organizadores e apoiadores, além de “falas, comentários ou publicações em redes sociais ou em qualquer plataforma na rede mundial de computadores”.
Não importa o tamanho do crime, para ele, mas a proteção de todos os bolsonaristas diante da aplicação da lei contra infratores e defensores da volta da ditadura militar.
Se ele terá tempo nessa legislatura de ver a tramitação do seu projeto de valorização do fascismo não se sabe.
Mas, no caso do deputado de descendência alemã, Van Haten, que pretende a CPI do Abuso de autoridade, o mesmo já ficou sabendo que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) não vai instalar essa comissão.
Há uma fila considerável de outras CPIs para serem instaladas na casa e não há tempo hábil. A Câmara entra em recesso no dia 15 de dezembro.
Depois disso, a pauta prioritária no Congresso será o processo de articulações políticas, visando a instalação do futuro governo.
E Lira é um dos mais interessados em ter protagonismo nesse processo.