25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bia Kicis, extremista negadora da pandemia, vai presidir CCJ no Congresso

Deputada festejou abertura do comércio em Manaus e ficou infame por “tirar a máscara pra poder respirar”

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais fervorosas expoentes do bolsonarismo em Brasília, vai ser a nova presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na Câmara. Ela, que já era vice-presidente, assume o lugar de Felipe Francischini (PSL-PR).

Como cabe à CCJ debater aspectos legais e regimentais de projetos ou emendas a serem apreciados pela Câmara ou outras comissões, além de analisar a constitucionalidade de todas as PECs (Propostas de Emenda à Constituição) e quaisquer assuntos relativos aos direitos e garantias fundamentais, à organização do Estado e dos Poderes e às funções essenciais da Justiça, Bia Kicis ocupa uma posição mais do que estratégica e benéfica ao presidente Jair Bolsonaro.

O curioso é que, como não poderia deixar de ser, Kicis é uma das investigadas no chamado inquérito das fake news, que apura a participação de pessoas e organizações na produção e disseminação em massa de notícias falsas sobre membros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Tomando um rápido exemplo, ela afirmou que se não fosse Bolsonaro e o ministro Pazuello muitas pessoas teriam morrido sem oxigênio em Amazonas – exatamente o que aconteceu.

Ou seja: ela é casca grossa neste jogo de desinformação. Um ser que já entrou nos anais da ironia mórbida ao dizer de forma imbecil “eu quero respirar” para não usar a porcaria de uma máscara, durante a desgraça de uma pandemia viral.

Vale lembrar: em setembro, a mesma Kicis criticou o processo seletivo do Magazine Luiza orientado para profissionais negros e publicou uma montagem dos ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta (DEM) com blackface.