28 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade

Fátima Almeida

Jornalista, graduada pela Universidade Federal de Alagoas, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, membro da Comissão de Ética da entidade e diretora da Federação Nacional dos Jornalista. Vinte e poucos anos de profissão, alguns prêmios, atuação multieditorial em diversos veículos, larga experiência em jornalismo político. Hoje, aprendiz de blogueira.

Apae: um trabalho social ameaçado por dívidas trabalhistas

Blog, Fátima Almeida
Referência no trabalho de inclusão social e no tratamento especializado às pessoas com deficiência (física, mental ou múltipla), desenvolvendo ações nas áreas de saúde, educação, integração sócio-familiar e até na geração de renda, a Apae não parece estar vivendo um dos seus melhores momentos em Maceió. A instituição, mantida por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas e parcerias institucionais, inclusive com todas as instâncias de governo, presta atendimento - direto ou indireto - a mais de 3 mil usuários por mês, na capital alagoana, incluindo o apoio aos familiares dessas pessoas, contando, para isso, com uma rede de voluntários e mais de 200 funcionários de várias áreas de atuação, sobretudo da saúde. Porém, nos últimos tempos, a Apae não tem conseguido evitar um volume c
Os bombeiros militares, a bóia fria e alguns motivo do aquartelamento.

Os bombeiros militares, a bóia fria e alguns motivo do aquartelamento.

Blog, Fátima Almeida
Não é apenas a decisão equivocada do governo do Estado, de não incluir a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros nas negociações coletivas para o reajuste salarial deste ano - junto com as outras categorias - que levou a tropa ao aquartelamento. Isso foi a gota d’água. Somam-se a essa situação, várias outras, de condições de trabalho. Em relação ao Corpo de Bombeiros, por exemplo, há reclamações até relacionadas à falta de alimentação. Vem de dentro da corporação a informação de que a verba a que tem direito o bombeiro militar, para se alimentar quando está em serviço, tem atrasado meses contínuos, por falta de recursos dentro da corporação. E são eles, os militares, que acabam tendo que arcar com essa despesa, até que o recurso seja liberado. E como nem sempre nem sempre é permitid

Alagoas dos contrastes. Chuva e sol provocam situações de alerta e emergência

Blog, Fátima Almeida
Enquanto na Capital, o volume de chuva que caiu nas últimas 48 horas deixou a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) em alerta e provocou estragos, no interior do Estado, 38 municípios tiveram decretada situação de emergência, nesta quinta-feira (25), por causa da seca. Nas duas situações, transtornos e prejuízos, sobretudo para a população de baixa renda. Em Maceió, vários chamados de todos os bairros movimentaram a Defesa Civil nas últimas horas, por causa da chuva. Durante a madrugada desta quinta-feira, uma casa desabou no bairro do Mutange. Não houve vítimas, segundo a Comdec. Também foram registrados deslizamentos de barreira em vários bairros, entre eles o Mutange e  o Feitosa. Em algumas localidades, moradores e comerciantes amanheceram cercados pela água e tentando mi

Plano de Educação volta à pauta de audiências públicas na Câmara

Blog, Fátima Almeida
O Plano Municipal de Educação continua rendendo acirrados debates na Câmara de Vereadores de Maceió. Na sexta-feira passada, o Legislativo Municipal bateu record de público e de tempo, numa sessão especial que teve duração de 9 horas, provocada pela suposta inserção do termo "ideologia de gênero" no Plano e pela divulgação, nas redes sociais, de uma falsa cartilha que seria adotada na rede pública, contendo imagens e termos grosseiros como de "orientação sexual". Na tarde desta terça-feira, mais uma vez o assunto esteve em pauta, tanto com a aprovação, por unanimidade, do requerimento do vereador Davi Davino, para que o termo "ideologia de gênero" não conste no Plano Municipal de Educação, quanto pela aprovação, também por unanimidade, do requerimento do vereador Guilherme Soares, p
As famílias despejadas e as obras em Jaraguá. Parceria, sim ou não?

As famílias despejadas e as obras em Jaraguá. Parceria, sim ou não?

Blog, Fátima Almeida
Numa semana que começou tumultada, com o despejo de 150 famílias de moradores da Vila dos Pescadores, em Jaraguá, e terminou com ação sequencial de bandidos desafiando a polícia em defesa do crime e do poder do tráfico, cabe uma reflexão para este domingo. Qual o futuro de crianças e adolescentes que durante os anos de suas vidas conviveram com a miséria absoluta e situações degradantes, entre a lama que encharca os becos e o chão batido dos barracos da favela? Meninos e menina que, ainda assim, sofreram ao verem o desespero de seus pais e vizinhos a chorarem a perda de suas referências de lar e moradia? O que será dessas famílias que foram removidas da Vila e levadas para locais distantes do seu trabalho, do seu ganha-pão? Ora, se a Prefeitura diz que vai construir, na área deso
Pergunta que não quer calar: o que farão pescadores no Tabuleiro?

Pergunta que não quer calar: o que farão pescadores no Tabuleiro?

Blog, Fátima Almeida
Não vou, aqui, falar dos erros e acertos que cercaram a operação de desocupação da favela Vila dos Pescadores, no bairro de Jaraguá, esta semana. E eles existiram. Mas não caberia essa análise ampla sem que corresse o risco de perder o fio da meada de uma outra abordagem, sobre a qual o poder público terá que se debruçar com prioridade, humanismo e responsabilidade social nos próximos dias e meses, como missão seguinte à ação de despejo, já que não pensou nisso antes. Para onde irão as famílias removidas de lá? Não falo do abrigo em creche, escola, galpão ou seja qual for o espaço onde eles foram colocados provisoriamente. Falo da situação definitiva, que envolve a moradia como referência de estabilidade, privacidade, rotina familiar, acesso ao trabalho e à escola. Onde será a
Prestes a completar seis meses, governo Renan vive clima de inferno astral

Prestes a completar seis meses, governo Renan vive clima de inferno astral

Blog, Fátima Almeida
  A lua de mel está acabando. E pelo visto, o governador Renan Filho (PMDB), que se elegeu com apoio de partidos ligados à classe trabalhadora, não está conseguindo manter a relação harmoniosa com os servidores públicos estaduais. O prazo de 100 dias para “arrumar a casa” esgotou; os ajustes doeram em algumas categorias, mais foram feitos com a complacência de todos. Porém, depois de fechar torneiras, revisar contratos, ensaiar arrocho e anunciar ajuste fiscal, o governo não consegue fechar a negociação salarial com os trabalhadores, em pontos básicos, como a reposição da inflação pelo IPCA. A data base, no mês de maio, já se foi, e da pauta de reivindicações entregue em fevereiro, ao governo, pouco ou nada foi acordado até o momento. Agora, prestes a completar seis m

Governo e servidores em clima de decisão. Desta vez, ou vai ou racha

Blog, Fátima Almeida
Hoje é dia de mobilização dos servidores  públicos estaduais. É hora de decisão nas negociações com o governo. Em greve, os policiais civis realizam, a partir das 8h, manifestação em frente à sede da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública (Seplag) para cobrar resposta às reivindicações da categoria, que inclui o enquadramento dos aposentados para pagamento das progressões. Baseado num parecer da PGE, o governo questiona e diz que não. Está prevista reunião do Sindpol com o secretário Cristian Teixeira e o diretor-presidente do AL Previdência, Marcello Lourenço para a manhã desta terça-feira, com objetivo de tentar contornar o impasse. Mas o sindicato já disse que, sem os aposentados, a negociação não avança. TÁ DIFICIL Após a reunião, os policiais se juntam às demais c
As escolas do Estado, o dinheiro público e a descrença do povo

As escolas do Estado, o dinheiro público e a descrença do povo

Blog, Fátima Almeida
O governador Renan Filho (PMDB) anunciou, nas redes sociais, o repasse de R$ 5,5 milhões, no programa Escola da Hora, distribuídos entre as 311 unidades da rede estadual da capital e do interior. Ótimo! Assim, as escolas não ficam dependentes de um longo processo burocrático para a liberação de alguns trocados destinados a repor uma lâmpada, consertar um cano quebrado, trocar uma caixa de descarga sanitária ou sanar uma pingueira. Os recursos foram distribuídos de acordo com o número de alunos. Teve escola que recebeu quase R$ 40 mil. E é a própria gestão escolar que vai traçar o plano e estabelecer prioridades de uso desse dinheiro, de acordo com a necessidade. Claro, com a devida prestação de contas. E para isso, o Estado anuncia parceria com o Tribunal de Contas, para que os g
De mulher pra mulher. Trabalhadora rural é a nova presidente da CUT-AL

De mulher pra mulher. Trabalhadora rural é a nova presidente da CUT-AL

Blog, Fátima Almeida
Terminou na última segunda-feira o mandado de Amélia Fernandes à frente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL). Ela até que poderia ter ido para um segundo mandato, e assim estava previsto, mas na última hora, alegou questões pessoais e não concorreu. Em seu lugar, em chapa única, foi eleita, no último congresso estadual da entidade, a trabalhadora rural Rilda Maria Alves. Em sua despedida, Amélia destacou o fato de que a CUT-AL continuará sendo dirigida por uma mulher. “Desejo à companheira Rilda muito sucesso nesse novo desafio, que mostra a força da mulher na luta pela manutenção e ampliação dos direitos da classe trabalhadora”. Em sua chegada, Rilda fala do grande desafio de aproximar os trabalhadores do campo e da cidade, em suas lutas em defesa da cidadania