O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou Geraldo Alckmin e pediu a ele que o chame de “companheiro” daqui para frente, durante o evento no qual o PSB indicou Alckmin como vice para a chapa encabeçada pelo petista
“Daqui pra frente, chamo você de companheiro Alckmin, e você me chama de companheiro Lula. Tenho certeza de que o Brasil irá aprovar o seu nome como candidato a vice. Já fui adversário do Alckmin, já fui adversário do Serra, já fui adversário do FHC. Nunca nos desrespeitamos. O tratamento sempre foi civilizado”.
O PT deverá referendar em encontro, no dia 14 de abril, o nome de Alckmin para ser vice de Lula e formalizar no início de junho, em convenção.
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O encontro de hoje reuniu lideranças dos dois partidos, além de outras siglas de centro-esquerda, como PSOL e PCdoB, e foi ser um dos primeiros eventos marcantes de pré-campanha de Lula.
O petista tem centralizado parte das decisões partidárias e aliados afirmam que ele está mais “tranquilo” e “cuidadoso” e prevê dar um passo adiante na campanha no mês de abril.
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A maior preocupação para colocar a campanha na rua é com sua segurança pessoal e o receio de arrumar problemas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Lula e Alckmin
Alckmin estava cotado para mais um mandato à frente do Palácio dos Bandeirantes em São Paulo, mas de saída do PSDB, partido que ajudou a fundar, foi sondado pelo ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, pelo União Brasil e pelo PDT de Ciro Gomes. O PT se tornou prioridade.
Líder nas pesquisas presidenciais, Lula procurava um vice. Dentro do Partido dos Trabalhadores, a avaliação é que o nome de Alckmin pode trazer, além de um contingente eleitoral, a chancela de frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) que o partido pretende empenhar nesta eleição.