7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Febre e antibióticos: Bolsonaro tem previsão de alta adiada

Presidente está internado em unidade de cuidados semi-intensivos do Hospital Israelita Albert Einstein e, no momento, está sem dor e sem febre

O presidente Jair Bolsonaro foi submetido a tratamento com antibióticos de amplo espectro após apresentar elevação da temperatura, com 37,3 °C, e alteração de alguns exames laboratoriais, com aumento de leucócitos, na noite de ontem. Esse aumento pode indicar processo infeccioso, segundo o porta-voz da presidência Otavio do Rêgo Barros.

Devido a isso, a previsão de alta foi adiada. Como os antibióticos devem ser ministrados por sete dias, ele deve permanecer no hospital por mais este período.

Exames de imagem mostraram uma “coleção líquida” ao lado do intestino na região da antiga colostomia, segundo boletim médico divulgado há pouco. Ele foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local.

O presidente está internado em unidade de cuidados semi-intensivos do Hospital Israelita Albert Einstein e, no momento, está sem dor e sem febre. Ele permanece em jejum oral, com sonda nasogástrica e nutrição parenteral (endovenosa) exclusiva.

Uma evolução nos movimentos intestinais foi citada no boletim médico, que informou dois episódios de evacuação do presidente. Bolsonaro segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular no quarto. Por ordem médica, as visitas permanecem restritas, ele está acompanhando da esposa Michelle e do filho Carlos Bolsonaro.

No sábado, Carlos disse que seu pai havia tido uma recaída durante a tarde, mas que ele estava “nas mãos de profissionais excepcionais” e que a situação tinha se normalizado.

Aquela foi a primeira piora de Bolsonaro desde a cirurgia. Nos dias anteriores, o presidente apresentava melhoras gradativas e sucessivas e chegou a ser advertido pelos médicos por ter realizado videoconferências.

Nesta manhã (5), pelas redes sociais, suas contas acalmam a situação e diz que ele segue evoluindo.

Volta antes da hora

Preocupado com a ascensão e roubo de holofotes de Mourão, já no quarto dia de recuperação após a cirurgia o presidente retomou os despachos com os ministros. A recomendação era evitar falar.

Bolsonaro assinou ontem decretos, na cama do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na presença de representante da Subsecretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Um dos textos trata da reestruturação da Vice-Presidência.

Também foram assinados outros documentos que tratam da estrutura regimental do Ministério da Economia, da Casa Civil, da Secretaria-Geral, da Secretaria de Governo e da Controladoria-Geral da União (CGU).

O presidente chegou a divulgar a realização de uma Reunião por videoconferência com o Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno.