19 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

IBGE: Alagoas possui índice de desempregados superior à média nacional

Mais de 3,3 milhões estão pelo menos há dois anos procurando trabalho no Brasil

Índices de desempregados seguem crescendo

Dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 3,347 milhões de desempregados procuram trabalho há no mínimo dois anos. Esse número representa 26,2% (cerca de 1 em cada 4) dos desempregados no país no segundo trimestre. Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Esses números são os maiores para um trimestre desde 2012, de acordo com o IBGE. Em um ano, houve acréscimo de 196 mil no contingente de pessoas à procura de emprego há dois anos ou mais. No total, o desemprego no país recuou de 12,7% para 12% no trimestre, mas ainda atinge 12,8 milhões de trabalhadores.

A taxa de desemprego média no país foi de 12% no segundo trimestre. O índice caiu em relação ao primeiro trimestre (12,7%) e na comparação com o mesmo período do ano passado (12,4%), mas ainda atinge 12,8 milhões de pessoas.

O longo período de procura por emprego é um dos fatores que, segundo o instituto, ajudam a explicar o desalento –quando o trabalhador desiste de procurar emprego. No segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados, a maior parte na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil pessoas).

Estados e Alagoas

A pesquisa mostrou também que a taxa de desocupação recuou em dez das 27 unidades da federação, permanecendo estável nas demais, na comparação com o primeiro trimestre. As maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16%), e as menores em Santa Catarina (6%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).

Alagoas possui um índice de 14,6% de desempregados. Apesar da redução de 2,7% na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2019, o estado apresenta uma média acima da registrada no país, que é de 12%.

No comparativo do 2º trimestre do ano com o 1º trimestre, de acordo com o levantamento, em dez estados do Brasil, a desocupação recuou. Alagoas teve queda de 1,4%.

Alagoas aparece como o segundo estado do com maior percentual de desalentados (15,2%), atrás apenas do Maranhão (18,4%). Os desalentados são as pessoas que tinham desistido de buscar emprego ou trabalho no período do levantamento.

Os números revelam ainda que Alagoas possui 28,6% da população considerada produtiva trabalhando por conta própria e 34,1% trabalhando sem carteira assinada. Restando 65,9% dos trabalhadores em atividade no setor privado atuando com carteira assinada.