O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e a Defesa Civil do estado atualizaram para 134 o número de mortos, após o rompimento da Barragem 1 da Vale, em Brumadinho (MG). Desse total, 120 já tiveram as identidades confirmadas pelas autoridades. Além disso, 199 pessoas ainda permanecem desaparecidas. Ao todo, 394 foram localizadas.
Segundo o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, a previsão é de chuva para os próximos dias, mas as condições meteorológicas não deverão representar um obstáculo, uma vez que parte do efetivo ainda está trabalhando no que chamam de área quente, a região mais afetada pelo fluxo de lama e onde há maior chance de vítimas serem encontradas.
Ainda de acordo com o tenente, devido ao deslocamento da lama, foi possível encontrar três corpos de vítimas perto do que as equipes acreditam ter sido o vestiário da mineradora Vale. Também fora informado que 15 máquinas deverão auxiliar nas buscas da força-tarefa estruturada no local.
Vale recusou monitoramento
Pelo menos duas empresas de tecnologia ofereceram à Vale sistemas mais modernos de monitoramento de barragens, que a mineradora recusou. Uma delas apresentou em pelo menos três reuniões com diferentes diretorias da mineradora, entre 2016 e 2018, uma tecnologia de detecção em tempo real de pequenos sinais de ruptura em barragens.
A oferta de monitoramento em tempo real foi feita pelo valor de R$ 100 mil por barragem, a serem pagos uma única vez. A empresa recusou o valor, considerado alto. Outra empresa de tecnologia também confirmou ter oferecido tecnologias de monitoramento à Vale, que não teria demonstrado interesse.
Desde o deslizamento, foram bloqueados quase R$ 2 bilhões da companhia.
Agência Brasil