O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse no cargo em 2023, está em uma séria encruzilhada em sua negociação com a Câmara dos Deputados para aprovar a PEC da Transição.
A matéria agora foi travada pelo presidente da casa, deputado Arthur Lira (PL). Segundo revelou o colunista do UOL, Tales Faria, Lira só aceita aprovar a matéria se tiver um ministério para chamar de seu.
E não é qualquer um. O deputado alagoano da gema quer o Ministério da Saúde, que neste governo de Jair Bolsonaro (PL) esteve sob o comando dele e de Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, ambos caciques do mesmo partido e líderes do Centrão.
A história da ação do Ministério da Saúde durante a pandemia já é conhecida de todos.
Agora, segundo o colunista, a causa dessa exigência do presidente da Câmara é a família Calheiros.
Disse Tales que Arthur Lira tomou conhecimento de que Lula estaria entregando o Ministério da Integração Nacional ao senador Renan Calheiros (MDB). Foi aí que surgiu a gota d’água.
Lira reagiu na base do se tem ministério importante para o meu principal adversário em Alagoas, aí tem que ter para mim também.
O presidente Lula estaria anunciando o nome da presidente da Fiocruz para comandar a saúde no seu governo, mas, depois da investida do presidente da Câmara, recuou.
E assim, Arthur Lira adiou a votação da PEC da Transição para a próxima semana.
Depois de tudo mandou dizer ao presidente eleito que tem sob o seu comando 150 parlamentares, todos vão dizer sim à PEC, desde que o ministério seja seu.
E aí, dá ou desce, ou Alagoas tem cacife para dois ministérios?
Ora direis, o mar quando quebra na praia, é bonito…