Entrevistado por José Luiz Datena no programa Brasil Urgente, da Band, nesta terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que as chances de o Brasil se envolver em uma hipotética intervenção militar no país vizinho são remotas.
“A possibilidade é próxima de zero, quase impossível. Não obtivemos, até o momento, nenhum comunicado por parte do governo dos Estados Unidos demonstrando que essa será a linha adotada deles. Se houver essa vontade, haverá um pedido para nós, e o meu caminho é convocar o Conselho de Defesa Nacional, ouvir essas autoridades e decidir”. Jair Bolsonaro, presidente.
Além de deitar e rolar ao comando do ídolo Trump, o presidente foi além em seu Twitter, tomando para si toda a responsabilidade para uma ação no país em conflito:
A situação da Venezuela preocupa a todos. Qualquer hipótese será decidida EXCLUSIVAMENTE pelo Presidente da República, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O Governo segue unido, juntamente com outras nações, na busca da melhor solução que restabeleça a democracia naquele país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 30 de abril de 2019
Rapidamente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro e afirmou que é competência do Congresso Nacional autorizar uma declaração de guerra pelo presidente da República.
E eles determinam que é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar uma declaração de guerra pelo Presidente da República.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 30 de abril de 2019
A resposta pública de Maia mostra que a relação entre os presidentes dos Poderes continua tensa, apesar dos gestos de aproximação da semana passada, em que Bolsonaro agradeceu a Maia em pronunciamento. E, claro, que o Presidente da República segue na linha de que sua decisão é a única válida, independente do que diz a constituição.
Ridículo Maia e a imprensa lacradora. Em nenhum momento ele disse que não pedirá anuência ao Congresso Nacional ou que poderá por si só declarar guerra. Afirmou que ele, exclusivamente, ou seja, somente ele, poderá decidir o que ser feito, que pode ser inclusive solicitar anuência ao Congresso.