Em vídeo nas suas redes sociais, o deputado federal e ex-ministro do Turismo no governo Temer, Marx Beltrão (PSD), criticou a retirada estímulo ao turismo LGBT no Brasil. O corte, do trecho do Plano Nacional do Turismo 2018-2020, foi feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
A proposta havia sido feita pelo próprio Beltrão, mas na semana passada ela foi republicada quase na íntegra, exceto pelo trecho que abordava o turismo voltado ao público LGBT. Beltrão culpa a questão ideológica do presidente, pela retirada, sem respeitar os dados:
“Não podemos permitir que essa guerra ideológica esteja acima ações estruturadas e planejadas. É uma revanche que prejudica todo o país, além de inviabilizar medidas que podem gerar crescimento em diversos setores. O caso do Turismo tem ocorrido em outras áreas do governo. Essa disputa sem sentido não pode ser a prioridade. Nossa urgência é voltar a crescer e gerar empregos.” Marx Beltrão, deputado federal (PSD-AL)
O Plano Nacional de Turismo, ao traçar a meta de desenvolvimento do setor durante os próximos quatro anos, foi redigido com apoio de especialistas e com participação de representantes de todo o segmento em nível nacional.
Segundo Beltrão, o turismo voltado ao público LGBT representa 10% do total dos viajantes e 15% do que é consumido. Portanto, uma parcela que gasta mais em suas viagens:
“Essa visão traz, para além dos benefícios econômicos, benefícios sociais que se expressam tanto para os destinos como para os viajantes LGBT. O destino pode associar sua imagem à tolerância, inclusão e diversidade e o turista LGBT tem sua experiência melhorada em um ambiente amigável e preparado para recebê-lo livre de preconceito”. Trecho do Plano Nacional do Turismo original.
Bolsonaro reagiu negativamente no início do mês, afirmando que Brasil não é “paraíso gay”, mas “quem quiser vir fazer sexo com mulher, fique à vontade”. Essa frase infeliz provocou reação em diversas prefeituras do país, afirmando que as brasileiras não estão disponíveis para o turismo sexual.