Mensagens trocadas no celular pelo ex ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente coronel Mauro Cid, revelaram um forte esquema de corrupção com os interlocutores, mediante remessas de dinheiro para fora do País.
As mensagens que jogam luz no dinheiro enviado ilegalmente para o exterior foram descobertas pela Polícia Federal, que apreendeu o celular do militar, que também foi preso durante a Operação Venire, realizada no último dia 3 de maio.
Uma vez periciado, o celular apontou o esquema criminoso e a Federal agora vai seguir o dinheiro, para saber exatamente quem foram os beneficiados, considerando que os montantes chamaram a atenção dos investigadores, conforme reportagem da TV Globo.
De acordo com as informações, a PF vai pedir a quebra de sigilo bancário no exterior, de todos os envolvidos nas mensagens trocadas por Mauro Cid. Ele que quando foi preso teve também apreendidos, em casa, cerca de US$ 35 mil e mais R$ 16 mil em espécie.
Enfim, depois do escândalo da fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro, o ex ajudante de ordens agora é alvo de um processo de lavagem de dinheiro, que é operado a partir dos Estados Unidos.
Preso na Venire
Mauro Cid foi preso preventivamente na quarta-feira, 3, em operação da PF que investiga associação criminosa acusada de inserir dados falsos de vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Na mesma operação, a PF também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), suspeito de ter tido o cartão de vacinas dele e da filha, Laura, adulterados. Bolsonaro também teve o celular apreendido.