Sergio Moro, o ex-juiz e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, reconheceu que desisti de disputar a Presidência da República. Ao menos “nesse momento”.
Em nota publicada em suas redes sociais, Moro confirmou que se filiou ao União Brasil e que não deverá concorrer ao Planalto em outubro.
Nota Oficial: O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido +
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 31, 2022
Agora, espera-se Moro passe a mirar uma vaga na Câmara dos Deputados, por São Paulo, no novo partido, mas ele não tratou do assunto no comunicado.
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O ex-magistrado afirmou apenas que vai contribuir na busca por uma candidatura de terceira via à Presidência.
Trajetória
O ex-juiz queria uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e para isso se jogou nos braços de Jair Bolsonaro, após as eleições de 2018. Apresentado como superministro, caiu em desgraça entre bolsonaristas e a negociata da vaga no STF desceu pelo ralo.
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Para piorar, o Supremo o julgou como juiz parcial nos casos da Operação Lava Jato, em que havia condenado, sem provas concretas e “por convicção”, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), no caso do Triplex do Guarujá.
Descobriu-se depois que ele ganhou muito dinheiro ( R$ 3,5 milhões) de uma empresa americana que atuava na recuperação judicial de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Ou seja, o juiz que acusou todo mundo de corrupto estava mergulhado na corrupção.
Daí, pelo Podemos, entrou em campanha como pré-candidato, mas nunca chegou a ter 10% das intenções de votos nas pesquisas eleitorais.
E depois de trair a tudo e a todos, inclusive a legislação brasileira, na sua sede de dinheiro e poder, Moro acaba de trair o Podemos e muda para o partido União Brasil (UB).