O presidente Jair Bolsonaro disse que a transparência será marca de seu governo e reforçou a missão aos novos dirigentes de bancos estatais que assumiram hoje (7) o comando do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES. Segundo ele, essa tarefa terá que abranger inclusive atos do passado promovidos pelos “amigos do rei” dentro destas instituições.
“Transparência acima de tudo. Todos os nossos atos terão que ser abertos para o público. E o que aconteceu no passado também. Não podemos admitir qualquer cláusula de confidencialidade pretérita. Esses atos e ações tornar-se-ão públicos”, presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro destacou que a escolha dos três novos presidentes de bancos foi feita exclusivamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, essa liberdade dada a todos os ministros de seu governo inaugura um novo modelo de gestão.
Foi realizada hoje a Cerimônia de Posse dos Presidentes do Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica, onde destaquei o compromisso que o governo terá com a população, prezando pela transparência acima de tudo e, consequentemente, a responsabilidade com o dinheiro do contribuinte. pic.twitter.com/P97zpILY7l
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 7 de janeiro de 2019
Paz com Guedes
Após divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e membros do governo na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou mostrar que está em sintonia com o presidente.
Na última sexta-feira, diversos ministros disseram que Bolsonaro “se confundiu” em algumas declarações sobre a economia.
Durante a posse dos novos comandantes dos bancos públicos, Guedes afirmou que os escolhidos para os cargos trabalharão para acabar com o que chamou de falcatruas nas instituições controladas pelo governo.
Segundo Guedes, o uso do crédito público foi desvirtuado no Brasil, sobretudo para ajudar empresas que tinham boa relação com os governos anteriores. “Quando o crédito é estatizado, sobra menos para o resto do Brasil. Aí, os juros são absurdos”, afirmou.
Guedes declarou que o trabalho dos presidentes dos bancos passa por um alinhamento com Bolsonaro, que estaria interessado em acabar com privilégios e abrir as “caixas-pretas” dos bancos. O discurso é alinhado com o do presidente:
Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 7 de janeiro de 2019
A cerimônia de posse dos presidentes do Banco do Brasil, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e da Caixa Econômica Federal ocorreu após idas e vindas no governo, na sexta-feira, sobre possíveis mudanças tributárias envolvendo IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e Imposto de Renda.
Chancelados por Guedes, assumiram a direção dos bancos:
Banco do Brasil: Rubem Novaes
BNDES: Joaquim Levy
Caixa Econômica Federal: Pedro Guimarães