Vereadores e prefeitos brasileiros, no clima do oportunismo, começam a pressionar as instituições para cancelar as eleições municipais deste ano e prorrogar mandatos até 2022.
O ministro presidente do Tribunal Superior Eleitora (TSE), Roberto Barroso, admite a ideia do adiamento das eleições em função da pandemia do coronavírus, mas não é adepto da prorrogação dos mandatos.
“As eleições somente devem ser adiadas se não for possível realizá-las sem risco para a saúde pública”, disse ele Barroso, acrescentando que em caso de adiamento, “este deverá ser pelo prazo mínimo e inevitável”.
Barroso foi mais além:
-Prorrogação de mandatos, mesmo que por prazo exíguo, deve ser evitada até o limite, e o cancelamento das eleições municipais para fazê-las coincidir com as eleições nacionais em 2022 não é uma hipótese sequer cogitada”.
Sem chances no TSE, vereadores e prefeitos querem que o Congresso decida pela prorrogação dos mandatos. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, criou uma comissão para tratar do assunto.
Caberá a essa comissão decidir sim ou não à mamata da prorrogação.