Após ser chamado de “humano muito perigoso” pelo prefeito de Nova York e ter sua visita recusada para receber o prêmio de “personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos”, o presidente Bolsonaro parte para o Texas com o mesmo objetivo.
“Em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”. Porta-voz da Presidência.
Em entrevista a uma rádio, em abril, o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, disse que Bolsonaro não era bem-vindo à cidade e o chamou de racista, homofóbico e destrutivo.
Após sua presença em Nova York não se mostrar nada bem vinda, o presidente desembarca nesta terça (15) em Dallas, no Texas, para uma visita oficial de dois dias. É a segunda vez que Bolsonaro viaja aos Estados Unidos (EUA) em cinco meses de governo.
O Itamaraty fechou às pressas uma agenda no Texas, estado historicamente conservador, para que o presidente possa se encontrar com empresários e políticos sem ter de enfrentar protestos. No entanto, grupos ligados às causas LGBT, mulheres e negros organizam manifestações contra ele em Dallas, seu novo destino.
Um dos principais momentos da viagem ocorrerá na tarde desta quarta-feira (15), quando Bolsonaro terá uma reunião privada com o ex-presidente norte-americano George W. Bush, que governou os Estados Unidos entre 2001 e 2009. De acordo com o Palácio do Planalto, será uma visita de cortesia.
Na quinta-feira (16), Bolsonaro será homenageado como personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em almoço organizado pelo World Affairs Council de Dallas/Fort Worth, que contará com a presença de 120 empresários norte-americanos.
Comitiva
Dessa vez, Bolsonaro está sendo acompanhado por uma comitiva de cinco ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Além deles, os governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), e de São Paulo, João Doria (PSDB), também acompanham o presidente da República. Ainda compõem a comitiva brasileira os deputados Hélio Lopes (PSL-RJ), Marco Feliciano (Pode-SP), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini.
A viagem acontece durante a primeira greve em seu governo, a Paralisação Nacional da Educação.