A atriz Regina Duarte, que foi ex-secretária especial da Cultura no findado governo Jair Bolsonaro (e que ao assumir, mencionou em seu discurso o pum do palhaço), tornou-se a mais nova expoente da mentira da vez: a de que a posse de Lula, acreditem, foi falsa.
Agindo como alguns dos lunáticos, que ontem comemoravam uma “intervenção militar que impediu Lula subir a rampa“, ela adentra na fantasia de que a posse de ontem não foi real e que tudo não passou de um teatro para enganar a esquerda.
A atriz, que perdeu credibilidade (e a sanidade) ao entrar no governo, é adepta de compartilhar mentiras em seus perfis.
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Com a mentira da vez, eles (patriotários) têm como maior evidênciao fato da faixa colocada ontem em Lula foi diferente da colocada no mito dela. É tanta estupidez que a postagem sobre conspiração conseguiu ser marcada como falsa pelo Instagram de contas da extrema direita:
Vale constar: mais um absurdo de pessoas que estão vivendo uma realidade paralela. Visto que a faixa usada por Bolsonaro, curiosamente, foi feita a pedido de Lula.
Faixas
Na verdade, há mais de uma faixa presidencial e todas são legítimas. Apesar se serem instrumentos meramente simbólicos (do tipo: não precisa usar uma para ser presidente), o Palácio do Planalto guarda duas versões: uma mais antiga e outra mais recente.
A faixa presidencial recebida ontem por Lula é a mais antiga, a mesma utilizada por Dilma Rousseff (PT) em 2015. Já a que Bolsonaro usou na posse em 2019 foi feita a pedido de Lula quando o petista ocupou o Planalto pela primeira vez.
O próprio Lula escolheu usar a faixa mais velha porque foi a primeira que ele usou quando assumiu o primeiro mandato, em 2003. O modelo usado por Dilma em 2015 e agora por Lula foi estreado por Fernando Collor de Mello, em 1991.
Antes da posse para o terceiro mandato de Lula, esse modelo tinha sido visto pela última vez com Michel Temer (MDB), em 2017. A versão mais recente da faixa, comprada por Lula em 2008 e usada por Bolsonaro, também esteve presente na posse do primeiro mandato de Dilma.
Para o segundo, porém, a faixa nova não foi encontrada a tempo e ela teve de usar a versão mais antiga.
Resumindo: aA que Jair Bolsonaro (PL) usou em 2019 foi feita a pedido de Lula quando ocupou o Planalto pela primeira vez.