Após decisões judiciais nos tribunais do Rio de Janeiro e Alagoas, a arrastada decisão sobre o divórcio ou não entre a Rede Globo e a TV Gazeta de Alagoas chegará ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O canal nacional resolveu levar o caso para a Corte do STF, após acusar em novembro do ano passado a TV alagoana de envolvimento com corrupção de Fernando Collor e classificando a TV Gazeta como ‘covarde’. A TV local faz parte do Grupo Arnon de Mello, da família do ex-presidente Fernando Collor.
No STF, o caso tem tramitação prioritária e deve ser apreciado em agosto, mas ainda não tem data definida. O relator do caso é o ministro Kassio Nunes Marques.
O descompasso e a desestruturação do jornalismo da TV Gazeta de Alagoas, afiliada da Globo desde 1975, se deu após a empresa demitir drasticamente 15 jornalistas que haviam aderido à greve dos jornalistas alagoanos, contra a proposta formulada pela empresa do senador Collor de reduzir 40% do salário do pessoal.
Os jornalistas voltaram ao trabalho por decisão judicial, mas foram desviados de suas funções. Com isso, o jornalismo global em Alagoas tem sido alvo de chacota nas redes sociais devido a baixa qualidade do material que tem sido apresentado ao telespectador alagoano.
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Uma das razões para a não renovação do contrato seria o uso da afiliada, pelo ex-senador, para receber propina em um esquema de corrupção. Em julho de 2023, Collor foi condenado a oito anos de prisão no Supremo devido ao caso.
O contrato entre as emissoras teve fim em 31 de dezembro de 2023. Mas, em outubro, a Globo comunicou à Gazeta que não renovaria o vínculo, por conta de escândalos envolvendo a emissora nos últimos anos.
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Enquanto isso, a TV Asa Branca, que está no aquecimento para substituir a TV Gazeta, iniciou o ano transmitindo o canal Futura, braço educativo da rede de comunicação da família Marinho, segundo a Folha de S. Paulo.