30 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
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Teoria da conspiração de Bolsonaro visa salvar o filho Flávio

Acuado e assombrado, presidente toma as dores do filho envolvido na corrupção

Família Bolsonaro: a preocupação é o escândalo na Assembleia do Rio de Janeiro.

O caso Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República, é a pedra no sapato de Jair Bolsonaro por ser a mola impulsionadora da crise no planalto.

Bolsonaro já não dorme direito. Acuado e assombrado tomou as dores do filho, pois já o vê envolvido na corrupção e em um processo de cassação de mandato que jogará por terra o discurso de moralidade da família.

E o pior: o caso Flávio-Queiroz se avoluma e carrega com ele um cheque de R$ 24 mil pago a primeira dama Michele Bolsonaro. O dinheiro, segundo as investigações, teve origem nos esquemas de corrupção da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Foi assim que nasceu a tese da suposta conspiração contra o presidente, logo propagada pelos bolsonaristas pelas redes sociais. Tudo no mais puro estilo “abafa o caso” .

O presidente politizou a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro e radicalizou com a convocação dos bolsonaristas para uma manifestação de apoio ao governo, quando, de fato, quer apoio para as falcatruas do filho e que atingem em cheio a família, envolvida com as milícias cariocas.

Escândalo – O caso é sério. O escândalo apurado pelo MP-RJ envolve, além de Flávio e Queiroz,  os investigados Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, irmã e mãe do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, o homem-forte do “Escritório do crime”, organização de milicianos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora carioca Marielle.

Na investigação, consta que Flávio Bolsonaro investiu R$ 9,4 milhões na compra de 19 salas e apartamentos na Zona Sul do Rio e na Barra da Tijuca, com os quais teria lucrado cerca de R$ 3 milhões. Os recursos utilizados passam pela verba pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Assim, o pai chama todos às ruas do Brasil para salvar o filho.

E, claro, a família também.