17 de junho de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Tragédia gaúcha: Proprietários de automóveis cobram R$ 1,6 bi de indenizaçãoes

Seguradoras dizem que o prejuízo é bem superior ao da pandemia da Covid-19 que foi de R$ 7,5 bilhões

A tragédia do Rio Grande do Sul deve gerar um prejuízo ao mercado de seguros ainda maior do que o da pandemia do da Covid-19, cujas perdas das seguradoras foi de mais de R$ 7,5 bilhões.

A afirmação é do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) , Dyogo Oliveira. Em entrevista nesta sexta-feira, 24, ele destacou que só o valor das indenizações solicitadas no Rio Grande do Sul já passa de R$ 1,6 bilhão.

O líder da confederação das seguradoras disse que nas próximas semanas os números ainda serão bem maiores do que o atual, considerando a quantidade de sinistros no Estado.

Certamente podemos considerar [a catástrofe] como o maior sinistro vindo de um único evento na história do setor no Brasil”, disse o presidente da CNseg, em conversa com a imprensa.  “Seguramente o valor final será muito maior do que esse número divulgado”, acrescentou.

O maior prejuízo para o setor na região ocorreu em 2022, quando as solicitações alcançaram um valor de sinistros de R$ 8,8 bilhões em meio à seca que atingiu o estado.

Apesar dos números elevados, o dirigente assegurou que há verba suficiente para indenizar todos afetados no Rio Grande do Sul. “São valores perfeitamente provisionados pelas seguradoras, recursos que as companhias mantêm em reservas técnicas, ou seja, tem recursos suficientes para enfrentar esse problema”, garantiu.

Maiores indenizações

Segundo o levantamento feito pela CNseg, até o momento, o setor com mais indenizações pedidas foi o de automóveis, com R$ 557,4 milhões. Depois, aparecem os grandes riscos (R$ 507 milhões) e os seguros residencial e habitacional (R$ 293,2 milhões).