O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu quebrar o silêncio, diante das câmeras, e resolveu cometer para seus seguidores nos EUA o que os seus seguidores fizeram em Brasília. E afirmou que a invasão terrorista na sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, foi “inacreditável”.
“Lamento o que aconteceu dia 8, uma coisa inacreditável. Mas no meu governo, o pessoal aprendeu o que é política, conheceu os poderes, começou a dar valor à liberdade. Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol, nasce todo dia, mas não é bem assim não. A gente acredita no Brasil”.
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Entre uma pergunta e outra da claque que, aparentemente, o segue onde ele estiver, Jair ainda insistia em apresentar dados positivos de seu governo, ignorando praticamente todo o caos social deixado por ele – e fingindo não ter nada a ver com isso. Admitiu apenas alguns “furos e deslizes”, em mais uma analogia de casamento:
“Em quatro anos, todo dia era segunda-feira. Tem alguns furos? Tem, lógico. A gente comete alguns deslizes em casa, quem dirá no governo. Só que em casa a gente sabe quem é o responsável. É sempre nós, os maridos”.
Sua fala sobre os eventos do dia 8 não foram provocadas: Jair resolveu se pronunciar por conta própria. Vale lembrar que além de incluído no inquérito, após pedido da PGR, pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, Bolsonaro passou praticamente todo o seu mandato antagonizando rivais e outros poderes.
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Chegou inclusive a profetizar e/ou ameaçar que se no Brasil não houvesse voto auditável (o que já existe), a invasão do Capitólio nos EUA se repetiria no Brasil. Não deu outra.
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Agora, ele e seus aliados buscam seguir com a mesma rotina de sempre: fingir não ter culpa nenhuma no cartório e seguir mentindo sobre tudo, como com “morte de idosos no Campo de Concentração da PF”.