2 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Vídeo: Perdendo anunciantes, Jovem Pan agora diz repudiar golpismo e reconhecer governo Lula

Até mesmo o “vermelho” foi reconhecido pelo âncora Adalberto Piotto em editorial do grupo barrado da cobertura da posse de Lula

Principal veículo de comunicação do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Jovem Pan não resistiu nem mesmo à posse de Lula (PT), vencedor das eleições presidenciais, e começou a ruim assim que o atual presidente foi derrotado.

Com as demissões de nomes como Caio Coppolla, Augusto Nunes e até mesmo da porta-voz das inserções de Jaiz, a jornalista Carla Cecato, a direção do grupo já se preparava para uma nova realidade, a que não contasse com a mamata milionária que recebia do governo federal.

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A situação foi mais adiante a quatro dias da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que emissora enfrenta a desmonetização de canais do YouTube por desinformação e a perda de oito anunciantes

Para contornar isso, lançaram um editorial afirmando que são democráticos, que não apoiam golpe e, pasmem, reconhecem não só a vitória de Lula, como incluem também o vermelho na democracia brasileira:

“Ainda que visões políticas e ideológicas dissonantes tenham dividido a população em lados opostos, é crucial que todos entendam que essas divergências são pilares fundamentais da democracia. A Jovem Pan nunca vai apoiar qualquer manifestação que caminhe na direção do enfraquecimento ou da destruição de nossas instituições. Somos defensores do direito de discordar e vamos exercer o papel de críticos sempre que necessário”. Texto lido pelo âncora Adalberto Piotto.

Com Jair chorando em todas as aparições públicas possíveis e doido para se mandar para os EUA, antes que um dos seus seguidores provoque um ato de terrorismo dentro dos próximos dias, a Jovem Pan tenta se descolar ao máximo do mostro que por tanto tempo dormiu na cama.

Mas já é tarde. Vale constar que há duas semanas, na diplomação de Lula, um dos âncoras do canal fazia caras e caretas enquanto Alexandre de Moraes, presidente do STE, discursava em defesa da democracia e contra as fake news.

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Barrada na posse

A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), se reuniu com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na semana passada e decidiram barrar a TV Jovem Pan para a transmissão da posse do petista, no dia 1º de janeiro de 2023.

O local reservado à TV Jovem Pan para posicionar as câmeras e equipamentos, como o link de externa etc., na Esplanada foi cedido para a EBC, conhecida como “TV Lula” na sua fundação.

Desde a posse de Fernando Collor, primeiro presidente eleito pelo voto direto após o regime militar no Brasil, a transmissão da posse presidencial é feita por grupos de emissoras, conhecido como “pool“.

A decisão coloca a Jovem Pan, conhecida pelo posicionamento antagônico aos petistas, fora do pool de transmissão. Ela começa no Espaço Cultural da República, início da Esplanada, onde a primeira emissora posiciona suas câmeras.

À medida que o presidente eleito se aproxima da Praças dos Três Poderes, as emissoras acompanham o trajeto, até a chegada do presidente no Palácio do Planalto e o recebimento da faixa presidencial.