O presidente do Congresso, Arthur lira (PP), presidente da Câmara e filho do prefeito de Barra de São Miguel, Benedito de Lira, tentou impedir que o Estado de Alagoas, governador por Renan Filho (MDB), não ficasse com os bilhões de reais pagos pela empresa BRK Ambiental.
Claro, seria de interesse de Lira, e dos prefeitos do PP e alinhados ao centrão, que esta dinheirama toda estive no controle das prefeituras, e não do governador Renan Filho, rival nas urnas.
A disputa pelos primeiros R$ 2 bilhões era um valor referente à outorga dos serviços de água e esgoto da região metropolitana de Maceió, em prestação de serviço em 13 municípios, desde julho, por um período de 35 anos.
Neste final de semana, por exemplo, em reunião com prefeitos aliados, ele abriu os trabalhos já discutindo sobre a concessão dos serviços:
“Não sou contra fazer (concessão), acho até que pode ser feito, mas é necessário observar critérios técnicos e debater questões como maior outorga, menor tarifa, tarifa social, qual a contrapartida do Estado, qual a contrapartida da União, qual a transição. Porque amanhã quando este sistema operar e a empresa chegar e for cobrar a tarifa de água e de saneamento e a população não conseguir pagar, vai cair nas costas de quem”? Arthur Lira.
O leilão da concessão dos serviços de água e esgoto de dois blocos de municípios alagoanos, que está em consulta pública, também foi discutida e proposto que os prefeitos se organizem para entender melhor a situação.
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Disputa que ele perdeu no STF, em ação distribuída para Edson Fachin. Acreditando que a outorga autoriza prestação de serviço em 13 municípios de Alagoas, Arthur Lira passou a defender que recursos teriam que ser destinados às cidades e não apenas ao governo do estado.
Curiosamente, o próprio presidente da Congresso apoiou e colaborou para a aprovação da regra vigente, com o novo marco legal do saneamento.
Próximos lotes
Com a batalha perdida no STF, Lira agora tenta puxar para seu lado os prefeitos dos lotes 2 de 3 da concessão dos serviços de água e esgoto, da continuação da privatização da Casal.
A manobra agora é convencer os prefeitos, que antes apoiaram a adesão às novas fases, a voltar atrás e desistir. A Fazenda Estadual já embolsou R$ 2 bilhões da BRK Ambiental. Resta agora o restante dos municípios estaduais. E todo dinheiro que for para os prefeitos aliados, ajudará. Especialmente, em ano de eleição.
