Com um crescimento de 71% para a próxima legislatura (2019-2023), a chamada bancada da bala, grupo de deputados que defende a revogação do Estatuto do Desarmamento e o endurecimento da legislação penal, quer ampliar o poder e a influência na Câmara. ]
A ideia da bancada é comandar ao menos três das principais comissões, além da própria presidência da Casa: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) e a Comissão de Segurança Pública (CSP), entre outras.
Pelo menos é o que defende o deputado reeleito Capitão Augusto (PR-SP). Ele já é pré-candidato à presidência da Câmara. O parlamentar paulista fechou acordo com o colega Alberto Fraga (DEM-DF), um dos principais membros da bancada da bala, para herdar a coordenação da Frente Parlamentar da Segurança Pública, grupo que reúne 299 deputados. Fraga disputou o governo do Distrito Federal e foi derrotado.
O Capitão não admite mais a Comissão de Direitos Humanos com o bloco de esquerda. E fala grosso: “Eles não vão pegar [a comissão]. Nós vamos brigar para pegar a comissão. Estamos lá para isso. Mas que nós vamos tirar [o colegiado] das mãos deles, vamos”,
O grupo a que pertence o parlamentar do PR tem bandeiras claras por ora barradas no Congresso. Fim das visitas íntimas e do “saidão” para presidiários, além da redução da maioridade penal e da progressão de regime para determinados crimes, são alguns exemplos.
Disse ainda que vai aprovar a revogação do Estatuto do Desarmamento, que criaria condições para que civis portem armas em áreas urbanas e no interior do país. O deputado menciona ainda temas ligados à identidade de gênero, e diz que a bancada religiosa precisa estar à frente da CDH para conduzir a pauta de votações do colegiado a seu gosto.