27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Datafolha: reprovação de Bolsonaro chega a 53%

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu de 51% a 53% entre julho e setembro, segundo pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira (16). Embora esteja dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais, o número, em tendência de alta desde dezembro do ano passado, de acordo com o instituto, representa o maior porcentual absoluto de avaliação negativa do presidente desde o início do mandato.

No mesmo intervalo, a avaliação positiva de Bolsonaro caiu de 24% a 22% em termos absolutos, também o pior índice desde a posse. Já a avaliação regular se manteve em 24%.

Classe média e evangélicos

A pesquisa  Datafolha aponta que  a reprovação a Bolsonaro supera os dois pontos percentuais em alguns segmentos

“Foi o que aconteceu entre os mais velhos (de 45% para 51%), na parcela de menos escolarizados (de 49% para 55%), no grupo com renda familiar de 5 a 10 salários (de 41% para 50%) e no conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (de 41% para 48%). Houve recuo, por outro lado, na reprovação entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários (de 58% para 46%).”

A reprovação também oscilou para cima entre os que ganham até 2 salários mínimos (54% para 56%). E também entre os que recebem de 2 a 5 mínimos (47% para 51%).

Já entre os evangélicos, a diferença entre a taxa de aprovação e reprovação, que estava negativa em seis pontos em julho (34% a 37%), passou para 12 pontos em setembro (29% a 41%). A reprovação de Bolsonaro entre os evangélicos aumentou 11 pontos percentuais entre janeiro e setembro (de 30% para 41%).

O Datafolha ouviu de forma presencial 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do país, entre os dias 13 e 15 de setembro – ou seja, após a “declaração à nação” publicada pelo chefe do Planalto para tentar amenizar a crise entre os poderes, ampliada após as ameaças feitas por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de 7 de setembro.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.