A Defesa Civil de Maceió e o Serviço Geológico do Brasil, que coordena os trabalhos de pesquisa no bairro Pinheiro, alertam a população em relação às informações oficiais quanto aos estudos que buscam esclarecer o surgimento de fissuras na região, que terá apoio federal.
Após o surgimento de boatos por meio de aplicativos de redes sociais, os órgãos públicos orientam que qualquer informação ou dúvida sobre o caso deve ser esclarecida por meio dos canais da Prefeitura.
Criação e compartilhamento criminoso de boatos, ou mesmo a histeria em massa com a preocupante situação da região de Maceió merecem um olhar mais atento na hora de absorver o que se toma como notícia, mas as condições do Pinheiro colaboram para este cenário de pânico.
Nesta manhã (15), os moradores acordaram com mais uma preocupação. Desde a madrugada, há um vazamento de água na Rua Conego Cavalcante. E o volume de água que sai da tubulação é grande, danificando inclusive parte do asfalto e da calçada.
Motoristas não conseguem trafegar e precisam pegar parte da contramão por causa do vazamento. A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) fará a vistoria e conserto ainda hoje.
SOS Pinheiro
A população do Pinheiro, em Maceió, quer ver todos os assuntos relacionados às rachaduras que surgiram no bairro, discutidos às claras. Essa discussão interessa mais especificamente a pelo menos 100 proprietários de imóveis que tiveram suas vidas viradas de ponta a cabeça, desde o episódio do tremor de terra registrado em março de 2017.
Segundo a Comissão do SOS Bairro Pinheiro, na reunião extraordinária de hoje à noite, os moradores decidiram respeitar que um número reduzido de pessoas participe da reunião com o Nudec, marcada para esta quarta-feira, 8h30, mas vai haver um protesto pacífico do lado de fora.
E há motivos para isso. Afinal, durante últimos meses essas pessoas e cerca de outras 19 mil indiretamente afetadas sofrem com a falta de informação ou com informações desencontradas a respeito de causas da “estranha” ocorrência geológica.
Dados revelados em Mapa de Risco do bairro do Pinheiro, em Maceió, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, caíram como uma luva para moradores e proprietários de imóveis do bairro, que agora pretendem resolver o drama em que vivem na justiça.
A questão é que, com relatório do Ministério nas mãos, muita gente está correndo aos escritórios de advocacia com ideia de mover ação contra a indústria Braskem, acusando-a de ser a responsável pelos danos causados nas ruas e imóveis do Pinheiro.