Caso se concretize a união de partidos governistas em torno de um candidato comum à Presidência, o nome apoiado por Michel Temer terá um importante trunfo em 2018, a maior fatia da propaganda eleitoral na TV e rádio.
A dez meses das eleições, Temer tem o governo reprovado por 71% da população, segundo o Datafolha, mas tenta construir uma candidatura que defenda a sua gestão.
O mais cotado para a missão, por ora, é seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), embora ele tenha conseguido apenas 2% das intenções de voto na pesquisa, em seu melhor cenário.
Temer tem hoje como principal sustentáculo ao seu governo os partidos do chamado “centrão”, siglas médias lideradas por PP, PSD, PR, PTB e PRB.
Na hipótese de elas não migrarem para nenhuma coligação concorrente, o candidato oficial do governo ficará com 39% do tempo total de propaganda na TV e rádio -quase 5 minutos em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos.
O PT de Lula o PSDB de Geraldo Alckmin que abandonou recentemente a base de apoio ao Palácio do Planalto- terão, respectivamente, 13% (1min35s) e 10% (1min18s) se não conseguirem promover alianças. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ficaria com 4% (33s).
Por entrarem na disputa abrigados em legendas nanicas, Jair Bolsonaro (deve ser lançar pelo Patriota) e Marina Silva (Rede) terão tempo ínfimo se não convencerem outras legendas a ingressas em suas chapas -10 e 12 segundos, respectivamente.
Apesar de pontuarem bem nas pesquisas, os dois por enquanto têm baixas perspectivas de fechar alianças relevantes na disputa de 2018.
O tempo da propaganda é dividido, em sua maior parte, de acordo com o tamanho dos partidos da aliança.
O “palanque” na TV para os candidatos a presidente é formado por dois blocos de 12min30s cada um, à tarde e à noite, nas terças, quintas e sábados. Começa em 31 de agosto e vai até 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno das eleições, no dia 7. São, ao todo, 35 dias.
Há ainda as “inserções”, que são peças curtas veiculadas nos intervalos comerciais das TVs.