Ou está todo mundo louco ou a segregação de classes no País vai ser, de fato e direito, institucionalizada. Pelo menos é o que estão defendendo parlamentares à direita.
Imagina você que adora curtir uma praia, ser livre, amante da natureza, das belezas do mar e, de repente, não ter mais direito ao mergulho tradicional no azul piscina. É exatamente isso que está para acontecer: o cidadão comum ser barrado ao se dirigir a uma praia do litoral norte ou sul de Alagoas, ou de qualquer outra parte do Brasil.
Isso por que uma PEC que tramita no Senado Federal está propondo a privatização das praias. O relator e apoiador da causa é ninguém menos do que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
E essa PEC 3/2022 está dentro daquela velha tese do “vamos aproveitar e passar boiada“, que foi defendida pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no governo passado.
Por isso mesmo, a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022. Agora, no Senado, a matéria enfrenta resistência de parte dos senadores, mas ainda timidamente.
De acordo com organizações ambientalistas, a proposta traz o risco de privatização das praias por empreendimentos privados e pode comprometer a biodiversidade do litoral brasileiro.
Ou seja, a ganância dessa gente não tem limites. É uma arte maléfica. E foi justamente essa prática nociva ao meio ambiente que gerou a tragédia do Rio Grande do Sul e o crime da Braskem em Maceió.
O caso da PEC/3 consiste, vergonhosamente, em afastar os pobres e pretos das praias para que os ricos dominem tudo.
É o fim dos tempos. Ou o descaramento explícito e estúpido de uma política tacanha, totalmente de exclusão.
Ou a sociedade acorda ou daqui a pouco essa gente velhaca vai fazer muito pior.
Isto é, não se contentará apenas com o berço esplêndido.