O presidente Lula (PT) afirmou que o BNDES foi vítima de “difamação muito grave” durante a campanha eleitoral, e que o banco de investimento nunca deu dinheiro para outros países.
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A declaração aconteceu durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente da instituição.
O @bndes foi vítima de difamação muito grave nas últimas eleições. Contaram que o BNDES nunca foi caixa preta. E o banco teve que gastar R$ 48 milhões em uma auditoria internacional, e nada de irregular foi encontrado. Vocês sabem o quanto essas mentiras custam.
— Lula (@LulaOficial) February 6, 2023
Lula citou uma reportagem do jornal Valor Econômico, que concluiu que dos R$ 10,5 bilhões em financiamentos a outros países, o BNDES já recebeu R$ 12 bilhões de volta. “As operações deram lucro, além de gerar dinheiro”, disse.
O presidente culpou o governo de Jair Bolsonaro por dívidas. “Os países que não pagaram [financiamento do BNDES] é porque o presidente decidiu cortar relação para não cobrar e ficar nos acusando”, disse, acrescentando que os contratos são cobertos por garantia.
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“Tenho certeza que vão pagar, porque são todos países amigos do Brasil”.
Financiamento
O programa de financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia brasileiros do BNDES foi lançado em 1998. Ao contrário do que dizem conteúdos enganosos sobre o banco que circulam nas redes sociais, os empréstimos são feitos em reais para companhias nacionais.
Os débitos, porém, são pagos de maneira parcelada pelos países estrangeiros que receberam as obras.
A prática foi paralisada nos últimos anos após ser alvo de investigações da Operação Lava Jato. Há registro de calotes e financiamentos que beneficiaram empreiteiras citadas em casos de corrupção.
"Precisamos ajudar a classe empresarial, que precisa aprender a reivindicar, a reclamar dos juros altos. Quando o Banco Central era dependente de mim todo mundo reclamava!", @LulaOficial em cerimônia de posse do presidente do BNDES. pic.twitter.com/MpJo8E2CMu
— PT Brasil (@ptbrasil) February 6, 2023
Conforme o próprio BNDES, estão atrasados US$ 1,03 bilhão em pagamentos. Os principais países devedores são: Venezuela (US$ 681 milhões), Cuba (US$ 226 milhões) e Moçambique (US$ 122 milhões).