Por mais que digam que está tudo bem e “estamos unidos”, na verdade, a oposição ao governo do Estado está feito cego em tiroteio. Perdida no rumo.
Falta muito para ficar tudo bem. Falta, aliás, o principal: um candidato a governador competitivo.
O problema é que a essa altura do campeonato ninguém quer deixar sua zona de conforto para enfrentar o rolo compresso do Palácio República dos Palmares, que tem pavimentado sem atropelos a reeleição do governador Renan Filho (MDB).
Eleitoralmente falando, a oposição tem uma série de pré-candidatos com potencial de votos invejável. Mas, a desarticulação do início do processo até agora tem incomodado sobremaneira as lideranças do bloco.
Dizer que está tudo bem é tergiversar. E isso acontece exatamente por que não há o que dizer no momento em que não se tem um comando firme, um palanque definido e um nome majoritário para o eleitorado abraçar.
Pelo andar da carruagem isso não vai mesmo acontecer. Basta perceber que em Estrela de Alagoas, reduto tradicional do senador Benedito de Lira e do deputado federal Arthur Lira, líderes do PP, a ex-prefeita Ângela Garrote, pré-candidata a deputada estadual declarou alto e em bom som os seus votos na próxima eleição: -Voto no governador Renan Filho, no senador Renan Calheiros, no senador Biu e no deputado federal Arthur.
E quer saber: essa composição de chapa não é só de Garrote. É de muita gente mais no interior alagoano.
Se brincar, até de carneiro e bode.