E a mídia nacional divulgou que Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, não atendeu ao Ministério Público do Rio de Janeiro para depor no caso do motorista Queiroz.
Teria sido essa a sexta audiência em que o segundo filho, eleito senador da República, deixou de comparecer para esclarecer o fato de o motorista dele ter movimentado R$ 1,2 milhão em sua conta corrente e, deste dinheiro, depositou R$ 24 mil na conta de madame Michele Bolsonaro. Motorista que era assessor dele na Assembleia Legislativa do Rio.
A movimentação financeira foi descoberta pelo Coaf – a pedido do MPRJ. Coaf que agora está sob censura imposta pelo novo governo.
Ora, a família unida no poder pregou ao País que era diferente. Que não tinha envolvimento com ilícitos, respeitava a lei e a justiça e que era um exemplo de ética, moral e bons costumes.
Por que então Flávio Bolsonaro não foi depor? O que pretende esconder o filho de sua excelência o presidente?
Duas perguntas simples, mas que não querem calar.
Partindo do princípio de que quem não deve não teme, “o garoto” do presidente parece que foge do Ministério Público como o diabo foge da cruz.
Estranho também é o silêncio das instituições e arautos da moralidade diante dessa resistência do cidadão em prestar um simples depoimento.
Tão logo o caso veio à tona o motorista se escondeu para não depor. Depois todos juraram que o assessor não tinha cometido nenhuma ilegalidade. Mas logo se descobriu que ele havia depositado dinheiro na conta da primeira dama. Era ainda a ponta do novelo. Mas, logo recolheram o novelo e esconderam tudo.
O fato está estranho. Certamente alguém está tentando ganhar tempo para colocar versão no ar.
Mas se na versão sobrar para o mordomo do palácio pode ser pior.
Dependendo do juiz de plantão, claro.