Três pontos diferentes da avenida Fernandes Lima, a principal de Maceió, foram fechados por moradores do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Em protesto, eles cobraram respostas das autoridades para a situação provocada pela Braskem: mineração de sal-gema provocou crateras, rachaduras e afundamento nos três bairros da região.
Após se reunirem no meio da tarde, às 17h, eles seguiram em caminhada para a Avenida e bloquearam a via por volta das 18h. O protesto acabou por volta das 19h50.
Equipes do Corpo de Bombeiros, Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar e da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) acompanharam a manifestação pacífica. Ao mesmo tempo, agentes da SMTT garantiram a segurança dos manifestantes no fechamento dois sentidos durante o bloqueio.
Braskem e Justiça
O STF rejeitou nesta quinta (22) o recurso que suspendia o pagamento de R$ 2,7 bilhões em dividendos para os acionistas da Braskem, como decidido pel STJ. O pedido da PGR foi rejeitado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.
Em abril, o STJ também decidiu pela suspensão do bloqueio de R$ 3,7 bilhões da Braskem. O ministro João Otávio Noronha, presidente do Tribunal, foi contra o que havia sido determinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Tutmés Airan.
Em Alagoas, o relatório da Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgado dia 8 de maio, responsabilizou a Braskem diretamente pelas rachaduras e afundamento em três bairros de Maceió: Pinheiro, Bebedouro e Mutange. E que há uma falha geológica e que a empresa deveria ter realizado testes antes de fazer perfuração e mineração.