1 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Queriam me prender e enforcar na Praça dos 3 Poderes, diz Moraes sobre golpistas

Ministro disse em entrevista ao Globo que havia três planos financiados, um deles com homicídio e sumiço do corpo

Ministro Alexandre de Moraes revela planos dos golpistas até para matá-lo e dar sumiço no corpo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que um dos planos dos bolsonaristas, prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.

Moraes era um dos principais alvos dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), juntamente com Lula, quando bolsonaristas que estavam acampados na porta do quartel do Exército, financiados por empresários de várias partes do País, tentaram derrubar o governo eleito, em ataque aos Três Poderes, quando chegaram a depredar as sedes do Planalto, STF e Congresso, gerando mais R$ 20 milhões de prejuízos.

O ministro destacou em entrevista ao jornal O Globo, que os financiadores do acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército haviam determinado três destinos para ele, que à época estava em viagem com a família pela Europa.

Além de prender e enforcar em praça pública, havia ainda outros dois planos que consistiam em o magistrado ser preso pelas Forças Especiais do Exército e levado para Goiânia (GO), além de um homicídio com o sumiço do corpo.

“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais [do Exército] me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio” O terceiro caso era o enforcamento na praça.

O ministro disse ainda que há um inquérito em andamento sobre o caso. Segundo ele, houve uma tentativa de planejamento e tudo está sendo apurado com o envolvimento dos financiadores e, inclusive, com participação da Abin “que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão”.