Afastado do Congresso Nacional desde o dia 2 de fevereiro, quando perdeu a eleição para a presidência do Senado, Renan Calheiros (MDB) voltou ontem, terça-feira, 19, ao plenário, mas quase não quis conversa com ninguém.
No pouco tempo que ficou no Senado apenas cumprimentou os senadores mais ligados a ele. Em seguida foi para o gabinete, considerando que na casa não havia nenhuma matéria importante em votação.
No entanto, o senador alagoano revelou a amigos que não pretende polemizar sobre nenhum tema no parlamento, nem atacar ou defender o governo Bolsonaro.
Calheiros se propõe a ser um senador quieto, de ouvidos bem abertos e intervindo só quando julgar extremamente necessário.
Seria, portanto, uma versão mais ponderada do senador no parlamento. Ele parte do princípio de que quanto mais ouvir maior é a probabilidade de prestar a atenção nas articulações dos seus pares.
Resta saber se o senador acostumado ao burburinho da discussão de temas relevantes, durante quase toda a sua vida política, vai se contentar em ser apenas um ouvinte no Senado Federal.
Ou será que começar ouvindo representa a estratégia de Calheiros para renascer da cinzas?
O tempo vai dizer.