O avanço do tráfico de drogas em Alagoas tem se tornado uma dor de cabeça para o governo e o sistema de segurança pública, que ainda sonha com uma estratégia nacional de combate a esse mercado. Mercado, aliás, operacionalizado por gangsters da periferia e protegido por “barões”, vistos ao longe como “homens de bem”.
Em Alagoas – os dados são nacionais – os negócios particulares do tráfico de drogas movimentam cerca de R$ 350 milhões ao ano. 
Documentos encontrados pelo setor de inteligência da polícia de São Paulo revelam parte da estrutura montada pelos líderes do PCC para o tráfico internacional de drogas, a lista de seus integrantes em cada região de São Paulo, nos Estados e em cinco países da América do Sul – Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru e Guiana.
Em alguns estados maiores o narcotráfico movimenta até R$ 800 milhões por ano, com negócios que envolvem a cocaína, o crakc e a maconha.
No caso de Alagoas, embora exista o comércio dos três produtos, o mercado predominante, no entanto é o da maconha, ao contrário dos Estados maiores.
A inteligência policial descobriu inclusive operações monetárias do tráfico realizadas por doleiros, antes considerados como figuras da elite financeira do País.
De acordo com as investigações, os doleiros recebem reais dos narcotraficantes, lavam o dinheiro e devolvem em dólares, por meio do sistema dólar cabo, na Bolívia e no Paraguai.
A expectativa é que este ano, apesar do cerco policial, o negócio seja ainda mais lucrativo.