O ex-juiz da Operação Lava Jato, e hoje (até pouco tempo atrás “super”) ministro da Justiça, Sergio Moro está no Senado, para falar no no plenário da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Ele terá que se explicar, e terá oportunidade de contra-atacar, os vazamentos de mensagens da Lava Jato, na série do The Intercept Brasil que ficou chamada como ‘Vaza Jato’
Tudo indica que ele afirmará que as conversas podem ter sido editadas. A linha é a mesma que o ministro de Bolsonaro tem utilizado desde as primeiras reportagens sobre o caso e será mantida nos esclarecimentos que prestará aos senadores. Mensagens divulgadas desde domingo (9) indicaram a troca de colaborações na Lava Lato entre Moro e o procurador chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol.
A comissão é composta por 54 senadores – 27 titulares e 27 suplentes. A oposição deve politizar o debate, enquanto aliados do governo e do ministro devem focar no debate jurídico. A comissão é a mesma que derrubou o projeto de armas do presidente Bolsonaro.
Nesta terça (18), na véspera do depoimento do ex-juiz, o site The Intercept Brasil divulgou novas conversas atribuídas aos dois que podem reforçar os questionamentos de senadores sobre a parcialidade do Moro —em um trecho, ele cita a preocupação de uma investigação melindrar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Formato
Segundo a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a reunião deverá contar com reforço na segurança. Moro terá 30 minutos para fazer sua exposição inicial. Em seguida, os senadores inscritos, intercalados por ordem de partido, terão cinco minutos para réplica.
O ministro terá o mesmo tempo para resposta e, depois, os parlamentares terão prazo máximo de dois minutos para réplica e tréplica. Simone disse que as regras de condução foram definidas seguindo as normas regimentais e que a lista de inscrição dos senadores será aberta às 9h, mesmo horário em que a reunião foi convocada.
Uma semana depois ir ao Senado, no dia 26, será a vez de Moro dar explicações sobre o mesmo assunto aos deputados.
O presidentes das comissões de Direitos Humanos e Minorias; Trabalho, Administração e Serviços Públicos; Fiscalização Financeira e Controle e Constituição e Justiça da Câmara fecharam um acordo para aglutinar em um só os diversos requerimentos que convocavam o ministro da Justiça.