27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Além do desmatamento, queimadas: Amazonas decreta situação de emergência

1.699 focos de calor foram registrados no Amazonas no primeiro semestre deste ano

O governo do Amazonas decretou situação de emergência em razão de queimadas e do que chamou de “impacto negativo do desmatamento” na região metropolitana de Manaus e na região sul do estado.

De acordo com dados divulgados pelo governo, 1.699 focos de calor foram registrados no Amazonas no primeiro semestre deste ano. A maioria deles (80%) só em julho, período em que há diminuição das chuvas.

O decreto foi assinado no dia 2 de agosto e terá vigência de 180 dias. O estado, segundo a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), realizará ações para reforçar o monitoramento e controle dos focos de incêndio por meio de ação conjunta de órgãos de fiscalização estadual e federal.

Segundo a secretaria, o decreto foi necessário em função do aumento “exponencial” dos registros dos focos de incêndio em julho. Não há previsão no momento de qualquer tipo de pedido de auxílio do governo federal.

“A medida que estamos adotando tem por objetivo conter desmatamentos e queimadas, que degradam a floresta, o nosso maior ativo”. Carlos Almeida Filho (PRTB), vice-governador do Amazonas.

O registro deste primeiro semestre é inferior aos focos de incêndio do mesmo período de 2016, com 2.221 registros, e em 2017, que teve 1.784 focos. O governo anterior não decretou situação de emergência à época.

Dados do Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que visa ajudar o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a combater o desmatamento, mostram que a derrubada de mata na Amazônia em julho deste ano teve crescimento de 278% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Imagens de satélite mostram o desmatamento nas áreas amarelas